quinta-feira, 3 de julho de 2014

 55 anos de Adolfo Keunecke Cia Ltda.


Tantas e tantas lembranças !

Para seu Adolfo não nunca teve tempo ruim. Se tem que fazer é agora !
De personalidade forte sempre soube qual caminho seguir para fazer o melhor para loja e para sua família. 

A loja está ai firme e forte, completando 55 anos de portas abertas.

Desde cedo Seu Adolfo tinha tino para negócios. 
Sempre dava um jeito de fazer alguns as coisas darem lucro, e depois de idas e vindas, era dono de dois caminhões.
O Sr. Nelson Koprowski queria comprar um destes caminhões e ofereceu na negociação  um caminhão F600 + uma camionete + o estoque e móveis da loja da rua Bahia.
Caminhões, tudo bem, ele sabia avaliar, desmontar e revender, mas loja... isso teria que discutir com a esposa.
À noite chegou em casa e descreveu a negociação e fez a pergunta :
- Elfi se tu aceita trocar eu faço o negócio, se tu não aceita, eu não faço o negócio.

No dia seguinte em 03 de julho de 1959, numa sexta feira,  carregaram a mudança da Itoupava Central e vieram para Rua Bahia. Felizes e com a certeza de que daria tudo certo !

Segunda feira pela manha, o primeiro cliente que a Elfi atende: 
“ Bananas “ – como fazer a conta de algumas gramas ?????” 

Depois deste desafio muitos ainda aparecem, mas nada  intimidava o casal, que sempre trabalhou com parceria  e respeito.

O seu Adolfo, que nunca gostou de trabalhar confinado, ficou uns dois dias por ali e seguiu com seus fretes estrada a fora e assim tendo  mais uma opção de  renda para aplicar na “venda”.

A construção era de dois pavimentos. abrigava o comercio e a residência. Em cima eram dois quartos, em baixo, na frente era a “ venda” e atrás era a cozinha e o deposito.
A rua não tinha calçamento, provocando muita poeira e lama.
A casa era alugada e pertencia a Sebastião Albino, que mais tarde vendeu o imóvel para seu Adolfo.

O início desta jornada não foi fácil.

A maioria das mercadorias era pendurada no teto.
Era época de vender açúcar, trigo, arroz, farelo, milho, carolo, farinha, feijão e outros tantos produtos a granel. 
Tudo vendido na quantidade que o cliente queria, embalado na hora. Nada de self service.
O terror dos balconistas era a venda de margarina e banha. Pois como não eram refrigerados, ficavam moles e era de difícil manuseio. 
O “muss” (doce de fruta) precisava de muita força física para ser tirado das latas de 20 Kg.
Tudo era pesado na balança de ponteiro

Querosene era engarrafado na hora com bomba manual a base de clicas (bolas de gude).

Época do fumo em corda, do tamanco de madeira,  da bolacha mata fome,  do doce de mel, da bala solta, dos chocolates Saturno, do pão e da massinha entregues pelo Sr. Gregório do Panifício Benkendorf.

Época do Melhoral, da Cafiaspirina, do Óleo de Rícino, do Emulsão Scott, do Renascim, das Pilulas da Vida Dr. Ross, tudo vendido sem receita médica...

Época sabonete carnaval, do pó de arroz, do pente de piolho, da calça plástica para criança, da camisa xadrez com tecido do GUMZ, das calças “Brin Coringa”, da brilhantina Glostora, do laquê para cabelos

Época do “gasosão” de framboesa, da Crush, do “samba”  (preparado de conhaque com cachaça), do picolé redondo em papel manteiga, do chiclets Ping-Pong, do supra sumo, das gamelas de madeira...

Ah, quanta saudade !

Época de abrir a “venda” cedinho para vender o pão com margarina, o pedaço de lingüiça, o leite fresquinho, o cigarro, com e sem filtro,  das marcas Hollywood, Mistura Fina, Minister, as louças de Colorex amarelo, o café Blumenau, o botão e a linha



Os clientes tinham conta corrente, marcavam tudo na caderneta ou no livro, tudo na maior confiança.










Os acertos eram mensais após receberem os salários de empresas como  Cristais Hering, Teka, Gaitas Hering, Eletro Aço Altona, Pudim Medeiros e tantas outras e muitos funcionários da estrada de ferro.


Era época de pagar e receber tudo em dinheiro vivo !


A esquerda a 1ª "venda" onde tudo começou em 1959
A direita inaugurada em 1968




Demolição da 1ª "venda" em 1978









Em torno de 1968 saiam da pequena "venda" para ir para novas instalações.
Em 1988 até os dias atuais.
- Agora sim temos espaço ! Achavam que jamais conseguiriam encher a "venda" com mercadorias.

Eram um boteco, 
          passaram para “secos e molhados”  
                          e como chegaram no ramo de  materiais de construção ?

Em suas visitas à casa do sogro em Jaraguá do Sul, resolveu trazer algumas bombas de água  e motores Kohlbah para vender.
Foi um, foram dois, foram cinco e isto levou à necessidade de ter  canos e conexões, na época só de rosca com zarcão a cânhamo e uma coisa puxa a outra chegando ao ramo de matérias de construção

Em 2004 adquiriram um imóvel na Itoupava Central onde instalaram a filial da Adolfo Keunecke Cia Ltda.



Atualmente está filiada à Rede Construir.

https://www.facebook.com/AdolfoKeunecke
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Hoje em dia não vende mais bananas, mas você consegue encontrar muitos artigos diferenciados e quem sabe ainda, tomar uma coca cola – pagando é claro !

Para Seu Adolfo nada é de graça !

Para finalizar:
Sabe aquele caminhão que ele vendeu para o Nelson Koprowski lá no início ?
Comprou um outro de volta  do mesmo Nelson Koprowski 

 - Esse é seu Adolfo !






segunda-feira, 21 de abril de 2014

Cadê os ovos do MEU ninho ?


Toda Páscoa sempre tem seu diferencial, mas tem uma em especial que marcou muito, pois na casa de minha tia Edla em Timbó - SC. Minha tia Edla faleceu cedo, mas lembro dela como uma mulher singular, voz grave, sempre alegre e sorridente, de bem com a vida, adorava uma festa !

Primeira providência: algumas semanas antes da páscoa,  deixar a grama crescer bastante.
Sábado de aleluia roçar a grama, arrumar tudinho, varrer as folhas e fazer ninhos com a grama aparada. 
Era ninho para tudo que e é lado !
Até hoje não sei como o coelho encontra todos.


Lembro bem quer o maior ninho foi pelo meu primo Romeu, colocado bem no meio do gramado.

Domingo pela manha era aquela festança !
Imagina acordar na casa da tia com os primos todos esparramadas pelo chão da sala em camas feitas com cobertores grossos, tudo apertadinho, tudo muito simples, mas muito divertido ! ( sem falar do campeonato de "puns" ! )

O acesso mais utilizado para casa de minha tia era feito pela cozinha,  por uma escada nos fundos.
Ou seja saindo da cozinha, ao alto já se avistava o enorme gramado.
Imagina  o brilho dos nossos olhos ao ver  um monte ovos coloridos pendurados na cerca de arame farpado !
Oh, felicidade !!
Eram casquinhas de ovos revestidas com tranças de papel crepom colorido, muito lindo !

Todos os primos saíram em disparada recolhendo tudo que tinha na frente. 
Neste momento esquecíamos de quem era o ninho de quem.
Lembro bem que chorei porque meu primo Romeu, que já era bem maior do que eu, era de casa, e saiu correndo na frente  recolhendo tudo, inclusive as coisa do MEU ninho, do ninhoque EU tinha feito ! 
Imagina uma loirinha, magrela, azeda, chorando aos berros !

Falando com meus irmãos Hildete e Almir, eles também lembram do Romeu pegando tudo...
Coisa de criança, pois o Romeu hoje em dia é um doce de pessoa, que não faz mal nem para um barata. ( se estiver errada me corrijam - rsrsrs)

Mas ao final tudo se resolvia, porque tudo era repartido direitinho.

Naquela semana almoço, café e janta era só chocolate, balas e amendoim. E muitas vezes muita dor de barriga...

O amendoim era preparado com açúcar branco. Ainda não tinham os amendoins vermelhos dos dias atuais. Minha vó Herta fazia alguns que eram bem picados e crocantes, diferentes de todos, uma delícia. Nunca mais encontrei aquele tipo.
Ainda posso sentir o cheio de chocolate misturado com palha das caixas de chocolates que vendíamos na loja de meu pai. Eram da marca Saturno, fabricados em Blumenau .
As caixas eram de papelão bege,  lacradas com fita durex transparente, onde dentro tinham os chocolates em formato de coelhos ou ovos, acomodados em  palha bege, outros eram armazenados com as grades de papelão.
No lugar da palha, muitas vezes eram colocados retalhos de papel chumbo, bem lisinhos, maravilhosos, estes eu gurdava poara mim.
As barrinhas de chocolate vinham com um pintinho saído da casca, os ovos e coelhos eram envoltos com papel chumbo nas cores vermelho, azul, rosa, amarelo. Os maiores e mais caros eram ainda envoltos com papel celofane e recebiam um larga fita de cetim.

Tempo gostoso !

Até hoje em dia preservo as tradições da páscoa, enfeitar a casa, fazer amendoim para encher as casquinhas, ninhos de grama, procurar as guloseimas, e principalmente,  ir ao culto de pascoa, pois sem isto as demais coisas não teriam sentido...

Ovos cozidos coloridos - preparados com corante e vinagre e agua

O resultado é muito bonito !


Confecionando as casquinhas com papel crepom


sexta-feira, 4 de abril de 2014


Nada acontece por acaso !



Numa quinta feira - dia 14-11-2012, tinha planejado ir para o centro, pela manhã, para resolver uns assuntos, mas faltou carro na empresa. Meu carro particular estava em casa, limpinho. Resolvi ir na segunda feira próxima.

Nisto ligam do cartório que deveria retirar um processo.
Em seguida me liga meu filho Eduardo se ele poderia passar o feriadão na caso do amigo em São Bento do Sul.
Mudança de planos, iria depois do almoço para o centro, pegaria o processo no cartório e levaria para o 2 oficio, e aproveitaria para levar o Eduardo na caso do amigo, facilitado a carona para São Bento.

Foi o que fizemos, saímos de casa as 14:00 horas e tudo deu tão certo, exceto o pessoal ligando que talvez precisassem do carro da empresa.
Até ai tudo bem, eles podem se virar sem, pois levaria no máximo uns 45 minutos para voltar, devendo estar lá em torno das 15:00 horas.

O amigo do Eduardo mora no morro da Maternidade Elsbeth Koehler. E nas muitas vezes que já fiz este trajeto sempre pensava: preciso fazer uma visita para D, Ana! Mas sempre o horário não condizia com as rotinas do asilo.

Deixei o Eduardo na caso do amigo, e na descida do morro o carro meio que foi guiado para esquerda, subindo em direção ao asilo. O pequeno estacionamento estava cheio de carros, tive que fazer o retorno.
Pensei será que devo mesmo fazer isto ? 
Estão precisando do carro... Deixa prá lá, é hoje que eu vou quebrar as regras !
Estacionei e fui um pedaço a pé, toquei a campainha e logo a porta se abriu, dei a volta no corredor e vi uma moça ao telefone. Esperei um pouco e logo ela me atendeu : 
- Boa tarde, no que posso servi-la ? 
- Eu quero visitar a D. Ana ! Mas não sei se ela vai me reconhecer...
A moça simpática chamou outra pessoa para me acompanhar.
- Oi,  quero visitar a  D. Ana !
- Você pode esperar um pouco, pois ela está num culto !
- Eu posso ir no culto, posso participar ?
Entrei na porta e logo lá estava a D. Ana, toda arrumadinha, com seu colar de perolas, empunhando a bengala.
Apenas entrei, e sem atrapalhar a predica do pastor, ficando de pé ao lado. De imediato outra senhorinha fez lugar na banqueta do piano para que pudesse sentar. Silenciosamente me sentei e fiquei ouvindo, vez ou outra a D Ana olhava para o lado em minha direção, meio desconfiada.

"Quando você tiverem alguma dor, vocês devem falar para os médicos", falava o pastor. 
E continuou: " Teve uma vez que um senhor estava com muita dor de cabeça e não falou nada e depois de muito tempo foram ver a cabeça dele a acharam um "carrapato",e o carrapato já tinha entrado na
cabeça..."  
Imagina a cara de espanto de todas as velhinhas ! - tive que dar uma silenciosa gargalhada.

O pastou terminou com um canto e liberou as pessoas.

Como já disse : ando sem documento, mas nunca sem maquina fotográfica !

Resolvi tirar umas fotos, primeiro do todo.

Fui me identificar para D, Ana, mas não me reconheceu, mas lembrava-se de minha fisionomia.
Conversei um pouco e logo mais senhoras estavam na roda.
- Vamos tirar uma foto D. Ana ? Todas as velhinhas rapidamente se posicionaram e de imediato queriam tirar foto. Dois click e já queriam se ver na digital.

- Hoje isto é uma maravilha - disse uma
- Nossa como estou gorda ( sabe engordei 800 gramas  !!! - estava indignada a outra! )

Nisto a D Ana fala que ela estava fazendo 83 anos - pensei comigo, tadinha ela pensa que tem aniversário hoje, só porque vim fazer uma visita...  
A outra complementa : é, hoje pela manha nos tiramos fotos dela com a vela e o presente ! ...
Tadinhas, estão todas "fora da casinha"....E eu sabia que D. Ana tinha mais de 90 anos !

Olhei para o lado e perguntei para uma cuidadora : 
- É verdade que hoje é o aniversário da D.Ana ???
- É sim !
Não sabia o que dizer, fiquei abismada, pois não tinha a mínima noção de que poderia ser o aniversário dela.

Bela coincidência ! Foi Deus que lhe enviou aqui - disse uma outra.

Nisto aparece uma senhora com sua digital na mão para fazer mais fotos...
Tirou algumas fotos , mostrou outras que tinha tirado de manhã da festinha para D. Ana e depois nos levou para o quarto dela, onde queria tirar mais fotos. A D. Ana e eu nos sentamos no sofá e a D. Mirna (acho que este é nome ) observou o campo da foto e percebeu alguns objetos que ficariam feios e os tirou dali para fazer uma foto bonita. Tirou as fotos. (gostei do profissionalismo da fotografa )
Depois foi buscar uma coca cola para brindarmos o aniversário !!!

Foram cerca de 45 minutos muito bem empregados, adoro fazer coisas sem muito planejamento - isto aprendi com o Dieter - as coisas feitas de surpresa são as melhores.

Detalhe : prometi para D. Mirna que voltaria para vê-la tocar o teclado.

Com o tempo a D. Ana acho que me localizou nas memórias dela, pois lembrou do Dieter, lamentou e perguntou se eu morava sozinha e se já tinha casado de novo, e como falava sempre que me via : essa mulher é muito linda.

Sei que retornei para empresa às 16:50 horas, e estavam precisando do carro...


Me senti culpada pela empresa, mas de bem comigo mesma: tipo criança pequena que fez uma travessura.

sábado, 29 de março de 2014

Gostinho de romã

É habito de minha família passar a virada de ano na praia. 
Na casa de minha mãe era tradição fazer fartos assados de carne de porco, como costela, pernil e outros, para a janta do dia 31, que sempre era servida lá pelas 20:00 horas. 
Vista geral de Meia Praia - Itapema  - SC - 2014



Depois era esperar os fogos da virada, tomar champanhe,... ir dormir e levantar mais tarde no dia seguinte, começando a ano comendo os restos da noite anterior, evitando trabalhar muito no primeiro dia do ano.


Nunca concordei muito com estes horários - mas com Dona Elfi ( minha mãe)  não se discutia isto e ponto final !
Se é para dar sorte, a carne de porco, lentilha e "diabos a quatro", devem ser servida no ano novo !!!.

Pelo sim, pelo não, foi o que fizemos: lentilha e medalhão de porco seriam feitos dia 01/01/2014 para o almoço. 

Nossa janta do dia 31, lá pelas 21:00 horas, foi “creps” ( ganhei uma crepeira no Natal ).
 A massa ficou meio mole, mas para primeira vez ficou bom. 


A tarde meu filho Gustavo foi comprar um montão de frutas. Assim como seu pai fazia, ele também adora experimentar frutas diferentes. 
Já tínhamos ouvido muito falar da tal romã - muito tradicional no final de ano. 
Compramos uma só, ao custo de  R$ 11,50, (dava para comprar uns 5 Kg de banana...),  e tinha o tamanho de uns 12 cm de diâmetro.

Com as nossas champanhe ( sem álcool) num braço e minha enorme sombrinha colorida noutro braço, fomos ver os fogos na beira da praia, onde pela primeira vez  colocaram bóias com fogos no mar. 




Foi muito bonito.

Voltamos ao apartamento e atacamos a romã !



Cinco gomos milimetricamente divididos ! 


Fotos, flashes e gargalhadas....!

Depois de sentir o gostinho exótico da romã ..., 
Bem, ...era garantido, com certeza,  que o resto do ano seria muito melhor !!! 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Brasil e suas exclusividades !

Depois de 2010, nunca mais tínhamos passado a virada de ano no apartamento de dois quartos que temos desde 1997,  na praia, onde tudo é muito simples.
Mas agora tínhamos DOIS ar condicionados instalados lá !
Como ?
Quando fomos de mudança para o prédio novo da empresa, sobraram cerca de oito ar ondicionados daqueles de caixa, antigos, grandes e super pesados. 
Todos foram revisados e tentamos vender a "preço de banana", mas mesmo assim, nem doando conseguimos nos livrar deles com facilidade. 
Levei um para nosso apartamento de praia onde, na suite,  já tinha uma abertura de espera. 
Chegando lá, o ar era ENORME e o buraco pequeno. 
Cheguei a contratar um pedreiro, mas felizmente ele não veio...

****************
Depois de sete meses, fomos lá fazer uma bela faxina. Ficou tudo limpinho e cheirosinho o que nos motivou a ir no final de semana do feriado de 15 de novembro de 2013.
Foi um final de semana muito quente ! Resolvemos colocar o ar no chão da suite, na abertura da porta para a sacada, coube certinho, fechando a abertura com a cortina.  Mas o pino e a tomada não eram compatíveis (coisa de Brasil).
Fomos comprar os cabos e pinos do novo modelo.
O Eduardo, meu filho de 15 anos e o Ricardo, filho de eletricista,  se prontificaram a fazer a instalação. Depois de deixarem o prédio todo sem energia, não é que a coisa funcionou ?! 
Naquele final de semana passamos com um ar condicionado, o que já era uma maravilha para quem sobreviveu durante cerca de 17 anos sem ele.
Dias depois, ofereci o apartamento para o Rui e a esposa. Nova coincidência ! 
Ele foi um dos que ficou com um dos ar que sobraram na  empresa e a abertura no apartamento dele era compatível com o ar que tinha ganho.
Ele instalou o ar GRANDE e agora não sabia o que fazer com o ar pequeno que tinha sobrado, estava lá, na casa dele, esperando alguem para empurrar a bucha .
Quando viu a abertura pequena no nosso apartamento,  não teve duvidas: veio a Blumenau, preparou a moldura de encaixe, voltou e instalou o ar pequeno no buraco pequeno.
O Ar condicionado com rodinhas. muito funcional !
Mas neste meio tempo, já havia pedido para meu pai fazer uma base com rodas, para acomodar o ar GRANDE e levá-lo para onde quisesse, na sala ou no quarto. Ficou bem legal e serviu certinho como tinha planejado : o seu Adolpho é marceneiro de mão cheia, adora reciclar madeiras.
Resolvemos curtir nosso AP na virada de ano!
Calor, muito calor ! 
Um ar na suíte funcionando direitinho - instalado pelo Rui, que já encontrou o pino certo trocado anteriormente.
O  ar condicionado “portátil” estava ali para ser ligado. 
Resolvemos colocá-lo na porta da sala. Novamente o problema dos pinos ... 
Ricardo foi comprar o que era necessário e novamente deixamos a prédio sem energia, desta vez foi a rua inteira e soubemos que trocaram o transformador do poste ... 

- Será que fomos nós ? 

Ficamos sem na energia das 12:30 horas cerca de umas 16:00 horas. 
Todos pegaram no sono ... 

Acordei e fui verificar os estragos : o prédio já estava com energia, só nosso AP que não.. 
Os disjuntores todos ligados, o que pode ser ? 
Desliguei e liguei todos os disjuntores.  
VIVA !!! a energia estava restabelecida. 

Agora era o medo de ligar o nova instalação: Será que iríamos deixar tudo às escuras novamente ???
Bom, eram 16:00 horas, melhor tentar agora do que à noite...
Silencio total. O novo pino do ar condicionado  foi encaixado : 

- Ufa, funcionou !! 

Alegria geral !

As férias de nove dias foram maravilhosas e refrescantes, o apartamento ficava geladinho. 
Sorte, porque este verão de 2014 foi um dos mais quentes dos ultimos anos.

A conta de energia ? Melhor nem comentar  !

Assim é nosso Brasil de exclusividades.



Fui pesquisar na internet - Pino brasileiro : o assunto já está dando pano para manga.

Leia o link que achei sobre o assunto :

http://viagem.uol.com.br/noticias/2013/11/08/conheca-os-plugues-de-tomada-usados-pelo-mundo-e-evite-stress-nas-viagens.htm






quarta-feira, 12 de março de 2014

Tia "Oli"


Era 25 de Janeiro de 2014.
-Amanha vamos no aniversário da “Tia Oli” – disse o Jairo na sexta feira.
-Tia Oli ?? – Eu também vou lá !
Sábado a tarde,  lá pelas 15:58 horas, encontramos a Hildete e o Jairo indo para o aniversário da Tia Oli., com um enorme pão quente acomodado numa travessa de vidro.
Mas como não tinha sido convidada resolvi ir mais tarde, bem tipo “chupim.” (chupim – aquele que entra de fininho).
Lá pelas 18:00 achei que seria uma boa hora, pois já deveriam ter tomado o café e não iria atrapalhar tanto.
-Vou rapidinho na Tia Oli, volto logo.
O Jairo e a Hildete já voltavam com a vasilha vazia.
-Vais lá ? Quase todos já foram embora ...
-Mas ainda tem gente lá ? 
-Sim, tem algumas pessoas, vai lá.

Fui lá ! Ela não me reconheceu de imediato, pois era calor e meu cabelo estava amarrado, diferente do que ela sempre me via no passado. Ola daqui, olha dali...
-Eu sou a Márcia ! 
-Ah, a Márcia !  Que bom que você veio.  ! E me deu um forte abraço.
Ali estavam mais algumas vizinhas, a Dona Adelaide Ogeda e sua filha Tânia, e a Wanda Jensen Reinert.
Foi um final de tarde bem diferente :
A tia Oli relembrou sua profissão de costureira: a mãe dela também era costureira, enquanto sua avó fazia as aplicações a mão . Tudo isto encantava os olhos da pequena Oli. 
Logo cedo ela começou a fazer vestidos para suas bonecas. Com a troca de alguns centavos de reis, as bonecas das amigas de escola não ficaram mais peladas .  Mesmo sem ter feito faculdade de administração, desde cedo já sabia valorizar seu serviço.
Mal sabia que mais tarde a Família Jensen de Itoupava Central, nos anos dourados da Cia Jensen (fabrica de açougue e embutidos – que tinha inúmeros empregados) estaria procurando uma pessoa para costurar calças e outras peças para a família. 
Durante a procura chegaram a duas meninas, a primeira disse que para ela seria muito longe, já outra disse que não iria. 
- Eu vou – disse a Oli, com cerca de seus 15 anos ! 
Ela nem estava sendo cogitada.
-“ Kent, das ist aba nich fur dich  -“ Menina, isto não é para ti "
- Tu só sabes fazer roupinha para bonecas...
- Mas eu quero ir. 
E como a “ Frau Jensen”  incentivou-a para uma experiência. Tudo começou.
 A Oli costurava na casa das famílias., fazia cursos para aperfeiçoar-se.e chegou a fazer aula com um alfaiate para aprender o corte de blaser.As "Jensen"  sempre vinham com tecidos finos, bem luxuosos 
Os tecidos eram caros e um erro seria fatal. Cada pano e cada molde era um desafio .
Seu travesseiro é prova de quantas noite ficou pensando a melhor forma de cortar e encaixar as peças.
Bainhas? Tudo feito a mão. Imagina uma saia godê, aquilo não tinha fim!
Os pontos eram invisíveis. Overlock – nem pensar ! Botões eram forrados.
Praticamente todas as peças tinham forro, ou seja a mesma peça tinha que ser feita duas vezes. Tudo passado a ferro,  no avesso e no direito. Para assim provar e alfinetar os ajustes....

Roupas de crianças nunca costurou. Camisas para os dois filhos – nenhuma !

Selecionava as clientes, era muito organizada.
Costurou inúmeros vestidos de noiva. E o bom da coisa: sempre era convidada para a festa.

Durante todo seu trabalho, horas e mais horas em frente a máquina,  que se estendiam noite a dentro, e nestas horas, depois de vir do trabalho , o marido - Seu Wilfried-  era bem companheiro: sentava-se ao seu lado, e lia em voz alta revistas, jornais, livros ...e até dava seus palpites para os modelitos que sua esposa produzia.

Um segredo desta modista : sempre provar com sapato de salto.
                                         Isto engrandece o trabalho !!

Esta visita rápida durou duas horas. 

E ela nem é minha tia ...


Tia Oli aos 90 anos – Olga Wuerges ( Nurenberg )

Tia Oli com as vizinhas Adelaide Ogeda e sua filha Tânia

Tia Oli e sua amiga de escola Wanda Jensen Reinert


Tia Oli e sua vizinha Mari Guimarães


sábado, 1 de março de 2014


Kapsa - A máquina de fazer dinheiro !


Desde que me conheço por gente,sempre fui apaixonada pela arte de fotografar - meu hobby. 
A carteira de identidade pode faltar na bolsa, mas a maquina fotográfica, jamais!

Detalhe :  sempre pronta para disparo. Nada de grandes regulagens, aberturas de diafragma, tempo de obturador, ISOS, ...
Meus olhos e meu coração fazem o enquadramento perfeito.

Acho que isto está no sangue. Meu bisavô Henrique (1873-1957) era fotógrafo.
Kapsa de Adolfo Keunecke
Lá pelos anos de 1949, meu pai Adolfo, com a reserva de economias da confecção de vassouras, comprou uma maquina fotográfica do avo Henrique ! 

Uma Kapsa - a revolução na palma da mão, um inovação para a pequena localidade de Serafim - Luiz Alves – SC..

Poucos tinham a oportunidade serem fotografados e isto geralmente acontecia nos Estúdios Photográficos.

Agora o Adolfinho ( apelido que lhe devam pelos seus 1,52...) tinha uma maquina fotográfica.
Pelo que conheço do "Seu Adolfo" sei que não foi tanto pelo gosto de fotografar, mas sim pelo fato de ver nela uma máquina de fazer dinheiro: pela lente da maquina via somente $$$$$.

Levou a maquina para o exercito e lá ficou fotografando os colegas. Isto rendeu uma boa grana para dar entrada num caminhão


Adolfo Keunecke - 1950
Ano de 1950
Rio Negro- SC , no Segundo Batalhão Ferroviário - 1950






Para saber um pouco mais sobre a historia do 
2º Batalhão Ferroviário de Rio Negro - SC
 acesse 

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Páscoa!