55 anos de Adolfo Keunecke Cia Ltda.
Tantas e tantas lembranças !
Para seu Adolfo não nunca teve tempo ruim. Se tem que fazer é agora !
De personalidade forte sempre soube qual caminho seguir para fazer o melhor para loja e para sua família.
De personalidade forte sempre soube qual caminho seguir para fazer o melhor para loja e para sua família.
A loja está ai firme e forte, completando 55 anos de portas abertas.
Desde cedo Seu Adolfo tinha tino para negócios.
Sempre dava um jeito de fazer alguns as coisas darem lucro, e depois de idas e vindas, era dono de dois caminhões.
Sempre dava um jeito de fazer alguns as coisas darem lucro, e depois de idas e vindas, era dono de dois caminhões.
O Sr. Nelson Koprowski queria comprar
um destes caminhões e ofereceu na negociação um caminhão F600 + uma
camionete + o estoque e móveis da loja da rua Bahia.
Caminhões, tudo bem, ele sabia avaliar,
desmontar e revender, mas loja... isso teria que discutir com a esposa.
À noite chegou em casa e descreveu a
negociação e fez a pergunta :
- Elfi se tu aceita trocar eu faço o
negócio, se tu não aceita, eu não faço o negócio.
No dia seguinte em 03 de julho de 1959,
numa sexta feira, carregaram a mudança
da Itoupava Central e vieram para Rua Bahia. Felizes e com a certeza de que daria tudo certo !
Segunda feira pela manha, o primeiro cliente que a Elfi atende:
“ Bananas “ – como fazer a conta de
algumas gramas ?????”
Depois deste desafio muitos ainda
aparecem, mas nada intimidava o casal, que sempre trabalhou com
parceria e respeito.
O seu Adolfo, que nunca gostou de
trabalhar confinado, ficou uns dois dias por ali e seguiu com seus fretes
estrada a fora e assim tendo mais uma opção de renda para aplicar
na “venda”.
A construção era de dois pavimentos.
abrigava o comercio e a residência. Em cima eram dois quartos, em baixo, na
frente era a “ venda” e atrás era a cozinha e o deposito.
A rua não tinha calçamento, provocando
muita poeira e lama.
A casa era alugada e pertencia a
Sebastião Albino, que mais tarde vendeu o imóvel para seu Adolfo.
O início desta jornada não foi fácil.
A maioria das mercadorias era pendurada
no teto.
Era época de vender açúcar, trigo,
arroz, farelo, milho, carolo, farinha, feijão e outros tantos produtos a granel.
Tudo vendido na quantidade que o
cliente queria, embalado na hora. Nada de self service.
O terror dos balconistas era a venda de
margarina e banha. Pois como não eram refrigerados, ficavam moles e era de
difícil manuseio.
O “muss” (doce de fruta) precisava de muita força física para ser tirado das latas de 20 Kg.
O “muss” (doce de fruta) precisava de muita força física para ser tirado das latas de 20 Kg.
Tudo era pesado na balança de ponteiro |
Querosene era engarrafado na hora com
bomba manual a base de clicas (bolas de gude).
Época do fumo em corda, do tamanco
de madeira, da bolacha mata fome, do doce de mel, da bala
solta, dos chocolates Saturno, do pão e da massinha entregues pelo Sr. Gregório
do Panifício Benkendorf.
Época do Melhoral, da Cafiaspirina,
do Óleo de Rícino, do Emulsão Scott, do Renascim, das Pilulas da Vida Dr. Ross, tudo vendido sem receita
médica...
Época sabonete carnaval, do pó de
arroz, do pente de piolho, da calça plástica para criança, da camisa xadrez com
tecido do GUMZ, das calças “Brin Coringa”, da brilhantina Glostora, do laquê para cabelos
Época do “gasosão” de framboesa, da
Crush, do “samba” (preparado de conhaque com cachaça), do picolé redondo em papel manteiga, do chiclets Ping-Pong, do supra sumo, das gamelas de madeira...
Ah, quanta saudade !
Época de abrir a “venda” cedinho para
vender o pão com margarina, o pedaço de lingüiça, o leite fresquinho, o cigarro,
com e sem filtro, das marcas Hollywood,
Mistura Fina, Minister, as louças de Colorex amarelo, o café Blumenau, o botão e a linha
Os clientes tinham conta corrente, marcavam tudo na caderneta ou no livro, tudo na maior confiança.
Os acertos eram mensais após receberem os salários de empresas como Cristais Hering, Teka, Gaitas Hering, Eletro Aço Altona, Pudim Medeiros e tantas outras e muitos funcionários da estrada de ferro.
Era época de pagar e receber tudo em dinheiro vivo !
A esquerda a 1ª "venda" onde tudo começou em 1959 A direita inaugurada em 1968
|
Em 1988 até os dias atuais. |
Eram um boteco,
passaram para “secos e molhados”
e como chegaram no ramo de materiais de construção ?
passaram para “secos e molhados”
e como chegaram no ramo de materiais de construção ?
Em suas visitas à casa do sogro em
Jaraguá do Sul, resolveu trazer algumas bombas de água e motores Kohlbah
para vender.
Foi um, foram dois, foram cinco e isto
levou à necessidade de ter canos e conexões, na época só de rosca
com zarcão a cânhamo e uma coisa puxa a outra chegando ao ramo de matérias de
construção
Em 2004 adquiriram um imóvel na
Itoupava Central onde instalaram a filial da Adolfo Keunecke Cia Ltda.
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Hoje em dia não vende mais bananas, mas você consegue encontrar muitos
artigos diferenciados e quem sabe ainda, tomar uma coca cola – pagando é claro
!
Para Seu Adolfo nada é de graça !
Para finalizar:
Sabe aquele caminhão que ele vendeu para o Nelson Koprowski lá no início ?
Sabe aquele caminhão que ele vendeu para o Nelson Koprowski lá no início ?
Comprou um outro de volta do mesmo Nelson Koprowski !
- Esse é seu Adolfo !
- Esse é seu Adolfo !
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