sábado, 29 de março de 2014

Gostinho de romã

É habito de minha família passar a virada de ano na praia. 
Na casa de minha mãe era tradição fazer fartos assados de carne de porco, como costela, pernil e outros, para a janta do dia 31, que sempre era servida lá pelas 20:00 horas. 
Vista geral de Meia Praia - Itapema  - SC - 2014



Depois era esperar os fogos da virada, tomar champanhe,... ir dormir e levantar mais tarde no dia seguinte, começando a ano comendo os restos da noite anterior, evitando trabalhar muito no primeiro dia do ano.


Nunca concordei muito com estes horários - mas com Dona Elfi ( minha mãe)  não se discutia isto e ponto final !
Se é para dar sorte, a carne de porco, lentilha e "diabos a quatro", devem ser servida no ano novo !!!.

Pelo sim, pelo não, foi o que fizemos: lentilha e medalhão de porco seriam feitos dia 01/01/2014 para o almoço. 

Nossa janta do dia 31, lá pelas 21:00 horas, foi “creps” ( ganhei uma crepeira no Natal ).
 A massa ficou meio mole, mas para primeira vez ficou bom. 


A tarde meu filho Gustavo foi comprar um montão de frutas. Assim como seu pai fazia, ele também adora experimentar frutas diferentes. 
Já tínhamos ouvido muito falar da tal romã - muito tradicional no final de ano. 
Compramos uma só, ao custo de  R$ 11,50, (dava para comprar uns 5 Kg de banana...),  e tinha o tamanho de uns 12 cm de diâmetro.

Com as nossas champanhe ( sem álcool) num braço e minha enorme sombrinha colorida noutro braço, fomos ver os fogos na beira da praia, onde pela primeira vez  colocaram bóias com fogos no mar. 




Foi muito bonito.

Voltamos ao apartamento e atacamos a romã !



Cinco gomos milimetricamente divididos ! 


Fotos, flashes e gargalhadas....!

Depois de sentir o gostinho exótico da romã ..., 
Bem, ...era garantido, com certeza,  que o resto do ano seria muito melhor !!! 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Brasil e suas exclusividades !

Depois de 2010, nunca mais tínhamos passado a virada de ano no apartamento de dois quartos que temos desde 1997,  na praia, onde tudo é muito simples.
Mas agora tínhamos DOIS ar condicionados instalados lá !
Como ?
Quando fomos de mudança para o prédio novo da empresa, sobraram cerca de oito ar ondicionados daqueles de caixa, antigos, grandes e super pesados. 
Todos foram revisados e tentamos vender a "preço de banana", mas mesmo assim, nem doando conseguimos nos livrar deles com facilidade. 
Levei um para nosso apartamento de praia onde, na suite,  já tinha uma abertura de espera. 
Chegando lá, o ar era ENORME e o buraco pequeno. 
Cheguei a contratar um pedreiro, mas felizmente ele não veio...

****************
Depois de sete meses, fomos lá fazer uma bela faxina. Ficou tudo limpinho e cheirosinho o que nos motivou a ir no final de semana do feriado de 15 de novembro de 2013.
Foi um final de semana muito quente ! Resolvemos colocar o ar no chão da suite, na abertura da porta para a sacada, coube certinho, fechando a abertura com a cortina.  Mas o pino e a tomada não eram compatíveis (coisa de Brasil).
Fomos comprar os cabos e pinos do novo modelo.
O Eduardo, meu filho de 15 anos e o Ricardo, filho de eletricista,  se prontificaram a fazer a instalação. Depois de deixarem o prédio todo sem energia, não é que a coisa funcionou ?! 
Naquele final de semana passamos com um ar condicionado, o que já era uma maravilha para quem sobreviveu durante cerca de 17 anos sem ele.
Dias depois, ofereci o apartamento para o Rui e a esposa. Nova coincidência ! 
Ele foi um dos que ficou com um dos ar que sobraram na  empresa e a abertura no apartamento dele era compatível com o ar que tinha ganho.
Ele instalou o ar GRANDE e agora não sabia o que fazer com o ar pequeno que tinha sobrado, estava lá, na casa dele, esperando alguem para empurrar a bucha .
Quando viu a abertura pequena no nosso apartamento,  não teve duvidas: veio a Blumenau, preparou a moldura de encaixe, voltou e instalou o ar pequeno no buraco pequeno.
O Ar condicionado com rodinhas. muito funcional !
Mas neste meio tempo, já havia pedido para meu pai fazer uma base com rodas, para acomodar o ar GRANDE e levá-lo para onde quisesse, na sala ou no quarto. Ficou bem legal e serviu certinho como tinha planejado : o seu Adolpho é marceneiro de mão cheia, adora reciclar madeiras.
Resolvemos curtir nosso AP na virada de ano!
Calor, muito calor ! 
Um ar na suíte funcionando direitinho - instalado pelo Rui, que já encontrou o pino certo trocado anteriormente.
O  ar condicionado “portátil” estava ali para ser ligado. 
Resolvemos colocá-lo na porta da sala. Novamente o problema dos pinos ... 
Ricardo foi comprar o que era necessário e novamente deixamos a prédio sem energia, desta vez foi a rua inteira e soubemos que trocaram o transformador do poste ... 

- Será que fomos nós ? 

Ficamos sem na energia das 12:30 horas cerca de umas 16:00 horas. 
Todos pegaram no sono ... 

Acordei e fui verificar os estragos : o prédio já estava com energia, só nosso AP que não.. 
Os disjuntores todos ligados, o que pode ser ? 
Desliguei e liguei todos os disjuntores.  
VIVA !!! a energia estava restabelecida. 

Agora era o medo de ligar o nova instalação: Será que iríamos deixar tudo às escuras novamente ???
Bom, eram 16:00 horas, melhor tentar agora do que à noite...
Silencio total. O novo pino do ar condicionado  foi encaixado : 

- Ufa, funcionou !! 

Alegria geral !

As férias de nove dias foram maravilhosas e refrescantes, o apartamento ficava geladinho. 
Sorte, porque este verão de 2014 foi um dos mais quentes dos ultimos anos.

A conta de energia ? Melhor nem comentar  !

Assim é nosso Brasil de exclusividades.



Fui pesquisar na internet - Pino brasileiro : o assunto já está dando pano para manga.

Leia o link que achei sobre o assunto :

http://viagem.uol.com.br/noticias/2013/11/08/conheca-os-plugues-de-tomada-usados-pelo-mundo-e-evite-stress-nas-viagens.htm






quarta-feira, 12 de março de 2014

Tia "Oli"


Era 25 de Janeiro de 2014.
-Amanha vamos no aniversário da “Tia Oli” – disse o Jairo na sexta feira.
-Tia Oli ?? – Eu também vou lá !
Sábado a tarde,  lá pelas 15:58 horas, encontramos a Hildete e o Jairo indo para o aniversário da Tia Oli., com um enorme pão quente acomodado numa travessa de vidro.
Mas como não tinha sido convidada resolvi ir mais tarde, bem tipo “chupim.” (chupim – aquele que entra de fininho).
Lá pelas 18:00 achei que seria uma boa hora, pois já deveriam ter tomado o café e não iria atrapalhar tanto.
-Vou rapidinho na Tia Oli, volto logo.
O Jairo e a Hildete já voltavam com a vasilha vazia.
-Vais lá ? Quase todos já foram embora ...
-Mas ainda tem gente lá ? 
-Sim, tem algumas pessoas, vai lá.

Fui lá ! Ela não me reconheceu de imediato, pois era calor e meu cabelo estava amarrado, diferente do que ela sempre me via no passado. Ola daqui, olha dali...
-Eu sou a Márcia ! 
-Ah, a Márcia !  Que bom que você veio.  ! E me deu um forte abraço.
Ali estavam mais algumas vizinhas, a Dona Adelaide Ogeda e sua filha Tânia, e a Wanda Jensen Reinert.
Foi um final de tarde bem diferente :
A tia Oli relembrou sua profissão de costureira: a mãe dela também era costureira, enquanto sua avó fazia as aplicações a mão . Tudo isto encantava os olhos da pequena Oli. 
Logo cedo ela começou a fazer vestidos para suas bonecas. Com a troca de alguns centavos de reis, as bonecas das amigas de escola não ficaram mais peladas .  Mesmo sem ter feito faculdade de administração, desde cedo já sabia valorizar seu serviço.
Mal sabia que mais tarde a Família Jensen de Itoupava Central, nos anos dourados da Cia Jensen (fabrica de açougue e embutidos – que tinha inúmeros empregados) estaria procurando uma pessoa para costurar calças e outras peças para a família. 
Durante a procura chegaram a duas meninas, a primeira disse que para ela seria muito longe, já outra disse que não iria. 
- Eu vou – disse a Oli, com cerca de seus 15 anos ! 
Ela nem estava sendo cogitada.
-“ Kent, das ist aba nich fur dich  -“ Menina, isto não é para ti "
- Tu só sabes fazer roupinha para bonecas...
- Mas eu quero ir. 
E como a “ Frau Jensen”  incentivou-a para uma experiência. Tudo começou.
 A Oli costurava na casa das famílias., fazia cursos para aperfeiçoar-se.e chegou a fazer aula com um alfaiate para aprender o corte de blaser.As "Jensen"  sempre vinham com tecidos finos, bem luxuosos 
Os tecidos eram caros e um erro seria fatal. Cada pano e cada molde era um desafio .
Seu travesseiro é prova de quantas noite ficou pensando a melhor forma de cortar e encaixar as peças.
Bainhas? Tudo feito a mão. Imagina uma saia godê, aquilo não tinha fim!
Os pontos eram invisíveis. Overlock – nem pensar ! Botões eram forrados.
Praticamente todas as peças tinham forro, ou seja a mesma peça tinha que ser feita duas vezes. Tudo passado a ferro,  no avesso e no direito. Para assim provar e alfinetar os ajustes....

Roupas de crianças nunca costurou. Camisas para os dois filhos – nenhuma !

Selecionava as clientes, era muito organizada.
Costurou inúmeros vestidos de noiva. E o bom da coisa: sempre era convidada para a festa.

Durante todo seu trabalho, horas e mais horas em frente a máquina,  que se estendiam noite a dentro, e nestas horas, depois de vir do trabalho , o marido - Seu Wilfried-  era bem companheiro: sentava-se ao seu lado, e lia em voz alta revistas, jornais, livros ...e até dava seus palpites para os modelitos que sua esposa produzia.

Um segredo desta modista : sempre provar com sapato de salto.
                                         Isto engrandece o trabalho !!

Esta visita rápida durou duas horas. 

E ela nem é minha tia ...


Tia Oli aos 90 anos – Olga Wuerges ( Nurenberg )

Tia Oli com as vizinhas Adelaide Ogeda e sua filha Tânia

Tia Oli e sua amiga de escola Wanda Jensen Reinert


Tia Oli e sua vizinha Mari Guimarães


sábado, 1 de março de 2014


Kapsa - A máquina de fazer dinheiro !


Desde que me conheço por gente,sempre fui apaixonada pela arte de fotografar - meu hobby. 
A carteira de identidade pode faltar na bolsa, mas a maquina fotográfica, jamais!

Detalhe :  sempre pronta para disparo. Nada de grandes regulagens, aberturas de diafragma, tempo de obturador, ISOS, ...
Meus olhos e meu coração fazem o enquadramento perfeito.

Acho que isto está no sangue. Meu bisavô Henrique (1873-1957) era fotógrafo.
Kapsa de Adolfo Keunecke
Lá pelos anos de 1949, meu pai Adolfo, com a reserva de economias da confecção de vassouras, comprou uma maquina fotográfica do avo Henrique ! 

Uma Kapsa - a revolução na palma da mão, um inovação para a pequena localidade de Serafim - Luiz Alves – SC..

Poucos tinham a oportunidade serem fotografados e isto geralmente acontecia nos Estúdios Photográficos.

Agora o Adolfinho ( apelido que lhe devam pelos seus 1,52...) tinha uma maquina fotográfica.
Pelo que conheço do "Seu Adolfo" sei que não foi tanto pelo gosto de fotografar, mas sim pelo fato de ver nela uma máquina de fazer dinheiro: pela lente da maquina via somente $$$$$.

Levou a maquina para o exercito e lá ficou fotografando os colegas. Isto rendeu uma boa grana para dar entrada num caminhão


Adolfo Keunecke - 1950
Ano de 1950
Rio Negro- SC , no Segundo Batalhão Ferroviário - 1950






Para saber um pouco mais sobre a historia do 
2º Batalhão Ferroviário de Rio Negro - SC
 acesse 

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